Nova cultivar de maracujá, a variedade Solar, chega ao mercado pela Feltrin, empresa brasileira com mais de 40 anos de atuação no mercado de sementes hortifrúti. A variedade é resultado de 12 anos de estudos desenvolvidos por pesquisadores da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e parceiros com investimentos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O maracujá Solar é uma nova aposta à produção brasileira por ser mais forte e tolerante às doenças foliares comuns ao cultivo.
A variante, que compõe o portfólio de tecnologia da Unemat, é vista como uma ótima opção de investimento para os produtores do fruto. Além de o Brasil ser o maior consumidor do fruto também é o maior produtor mundial. A nova cultivar contribuirá para o aumento da produção, inclusive no Estado de Mato Grosso, região onde outras cultivares não se adaptam tão bem como a Solar.
De acordo com Willian Krause, doutor em genética e melhoramento de plantas e coordenador dos estudos, a nova variedade possui seleção genética diferenciada para melhor se adaptar ao solo e clima brasileiro e, com isso, produzir frutos de melhor qualidade. As sementes podem ser plantadas durante o ano todo nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e, durante o verão, nas regiões Sul e Sudeste.
Esse case que “dá frutos” agora começou com a assinatura de um protocolo
de intenções em 2019, seguido por um acordo de parceria firmado em 2020 e a assinatura
do contrato de licenciamento em 2021. Pela transferência, a Unemat passará a
receber royalties que serão reinvestidos em novas pesquisas. Esse processo
passa pela interveniência da Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público
Estadual (Faespe-MT).
A Aginov, Agência de Inovação da Unemat, responsável pela gestão de propriedade intelectual da Instituição, esteve presente desde a prospecção e acompanhou todas as fases desse processo como negociação e valoração da transferência de tecnologia. A Aginov auxiliou no registro da cultivar junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) assim como atuou na interlocução com os setores da Unemat e da Feltrin que demonstrou interesse na comercialização da semente.
Willian Krause e sua equipe desenvolveram os estudos na Unidade Experimental da (Unemat), em Tangará da Serra-MT, em busca de cultivares de maracujazeiro azedo com maior produtividade.
Feltrin – Empresa com investimentos focados na formação de conhecimento em genética, visando melhoramento da qualidade de sua linha de produtos. O resultado disso são lançamentos constantes de novas cultivares, com atributos que proporcionam maiores ganhos durante o cultivo.
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