INTERNACIONALIZAÇÃO

Reitora da Unemat participa da Missão da Associação Brasileira de Universidades Estaduais na África do Sul

Missão da Associação Brasileira de Reitores das Universidades Estaduais e Municipais visitou 11 universidades sul-africanas

Por Nataniel Zanferrari
15/09/2023

(Foto: Divulgação)

A reitora Vera Maquêa representou a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) na Missão Internacional da Associação Brasileira de Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem) na África do Sul. A missão, composta por 39 reitores, pró-reitores e assessores de relações internacionais das universidades brasileiras, visitou 11 das melhores e mais conceituadas universidades públicas do país africano. Ao final da missão, foi visitada a Embaixada do Brasil na África do Sul, em Pretória. A missão foi realizada entre 21 de agosto e 2 de setembro.

“A missão da Abruem na África do Sul evidenciou a força das universidades daquele país nas mais diversas áreas, e o interesse em aproximações acadêmicas, técnicas e científicas com o Brasil, mas o mais relevante foi constatar que a qualidade das nossas universidades, que são públicas e gratuitas, estão em nível de semelhança com as grandes universidades da África do Sul que, via de regra, são mais antigas que as universidades brasileiras, principalmente as nossas estaduais e municipais”, explica Vera Maquêa. “Essa missão nos inspira como instituições comprometidas com o desenvolvimento social do nosso País e abre muitas possibilidades de acordos de cooperação internacional numa perspectiva de Sul Global”, disse a reitora.


DURBAN, KWAZULU-NATAL


A visita teve início pela cidade de Durban, terceira maior do país e capital da província de KwaZulu-Natal, onde foram visitadas a Universidade de KwaZulu-Natal (UKZN) e a Universidade de Tecnologia de Durban (DUT)

A UKZN foi formada em 2004, como resultado da fusão entre a Universidade de Durban-Westville e a Universidade de Natal. A nova universidade reúne as histórias das antigas universidades, que remontam à década de 1910.

Com aproximadamente 33 mil alunos em sete câmpus, a DUT está localizada nas cidades de Durban e Pietermaritzburgo. A Universidade de Tecnologia de Durban é o resultado da fusão em 2002 de dois prestigiados institutos politécnicos (chamados de technikons no país): o Technikon Hajee Mulukmahomed Lappa Sultan (ML Sultan) e o Technikon Natal. Inicialmente Instituto de Tecnologia de Durban, tornou-se Universidade em 2007. Em 2020, a DUT foi classificada entre as 500 melhores universidades do mundo, também sendo a 10ª em citações globalmente e 5ª nacionalmente.

A missão também participou de workshop sobre networking e liderança global na Conferência da Associação Internacional de Educação da África do Sul (Ieasa), evento anual que reúne líderes de internacionalização, especialistas, acadêmicos e pesquisadores, profissionais, educadores, estudantes e inovadores, bem como organizações e indivíduos interessados ​​na internacionalização do ensino superior. O objetivo do evento é compartilhar pensamentos, resultados de pesquisas, experiências vividas e exemplos de boas práticas. O tema deste ano foi ‘Olhando para trás e olhando para frente’.

Clique aqui e acesse a notícia sobre a visita publicada pela Universidade de Tecnologia de Durban.

Clique aqui e acesse a notícia sobre a visita publicada pela Universidade de KwaZulu-Natal.


STELLENBOSCH E CIDADE DO CABO, CABO OCIDENTAL


Na sequência, a missão se dirigiu à província de Cabo Ocidental. Lá, os reitores brasileiros visitaram três universidades: Universidade de Stellenbosch (SUN), na cidade de mesmo nome, e as universidades do Cabo Ocidental (UWC) e da Cidade do Cabo (UCT), ambas na capital legislativa da África do Sul e segunda cidade mais populosa do país, Cidade do Cabo.

Na SUN, a visita teve início pelo Museu da instituição, criado em 1962, e que retrata a história cultural local e inclui quatro casas de época que mostram a forma como as pessoas viviam e a diferença de estilos arquitetônicos ao longo dos períodos ilustrados.

A SUN é a universidade mais antiga da África do Sul e a mais antiga universidade da África Subsaariana. A Universidade projetou e fabricou o primeiro microssatélite da África, o SUNSAT, lançado em 1999, além de ter sido a primeira universidade africana a assinar a Declaração de Berlim sobre Acesso Aberto ao Conhecimento nas Ciências e Humanidades. A SUN está entre as 100 melhores do mundo em estudos de Desenvolvimento, Teologia, Agricultura e Silvicultura e entre as 200 melhores do mundo em Direito, Política e Geografia.

Na UWC, os participantes da comitiva realizaram uma visita guiada pelo câmpus principal, onde também visitaram o Centro de Arquivos Ilha Robben e Mayibuye, na Biblioteca Principal da Universidade, um dos maiores arquivos de materiais da luta de libertação da África do Sul, com coleções que incluem materiais únicos relacionados com a luta pela liberdade. O nome é uma referência à Revolta Mayibuye, uma sequência de protestos realizados em novembro de 1952, parte da Campanha de Desafio contra Leis Injustas iniciada em 1951; à Ilha Robben, local onde o presidente Nelson Mandela ficou encarcerado por 18 dos 27 anos de seu aprisionamento antes da queda do regime do apartheid. Neste contexto de lutas, a UWC é conhecida pela sua luta contra o apartheid e pela sua luta contínua contra a opressão, a discriminação e as desvantagens na África do Sul.

Mais tarde, a comitiva foi recebida na Escola de Saúde Pública da UWC pelo reitor Tyrone Brian Pretorius, que recebeu a medalha da visita à Instituição da reitora Vera Maquêa (foto ao lado) e do assessor jurídico da Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp), Fernando Brito.

A UCT, universidade mais antiga da África do Sul (juntamente com a SUN; ambas receberam o status de universidade plena no mesmo dia, em 1918), é uma das principais instituições de ensino e pesquisa da África. Entre os seus mais de 100 mil egressos estão três prêmios Nobel: Aaron Klug, de Química; Alan MacLeod Cormack, de Medicina; e John Maxwell Coetzee Coetzee, de Literatura. A UCT possui 80 unidades de pesquisas especializadas que fornecem supervisão para trabalhos de pós-graduação e é o lar de mais de um terço dos pesquisadores com classificação A da África do Sul, acadêmicos que são considerados líderes mundiais nas suas áreas.

Clique aqui e acesse a notícia sobre a visita publicada pela Universidade de Stellenbosch (SUN).

Clique aqui e acesse a notícia sobre a visita publicada pela Universidade da Cidade do Cabo.


GQEBERHA E MAKHANDA, CABO ORIENTAL

A terceira visita da comitiva brasileira na província de Cabo Oriental, iniciando pela cidade de Gqeberha (chamada de Porto Elizabeth até 2021), a mais populosa da província, onde conheceram a Universidade Nelson Mandela (NMU), e seguindo para a cidade de Makhanda (chama de Grahamstown até 2018), onde conheceram a Universidade de Rhodes (RU).

A Universidade Metropolitana Nelson Mandela foi inaugurada em 1º de janeiro de 2005, resultado da fusão do Technikon Porto Elizabeth, da Universidade de Porto Elizabeth (UPE) e do câmpus da Universidade Vista em Porto Elizabeth (Vista PE). A união destas instituições surgiu como resultado da reestruturação governamental do ensino superior a nível nacional, destinada a proporcionar um sistema mais equitativo e eficiente para satisfazer as necessidades da África do Sul, do continente e do mundo no novo século. Em 2017, foi renomeada como Universidade Nelson Mandela.

A RU, fundada em 1904, conta com 8.200 alunos, e uma das melhores taxas de aprovação, graduação e pós-graduação  na na África do, tendo o melhor resultado de pesquisa por membros do corpo docente. Dos alunos, 30% são pós-graduandos e mais de 18% são estudantes internacionais de 54 países em todo o mundo.

Clique aqui e acesse a notícia sobre a visita publicada pela Universidade de Rhodes.


JOANESBURGO, GAUTENG

A cidade de Joanesburgo, capital da província de Gauteng e maior cidade da África do Sul, foi a próxima parada da missão da Abruem. A primeira visita na capital sul-africana foi à Universidade de Witwatersrand (WIT), uma das mais conceituadas do país e famosa por ter, entre seus egressos, Nelson Mandela; e, na sequência, à Universidade de Joanesburgo (UJ).

As origens da Wits, como Universidade de Witwatersrand é apelidada, estão na Escola de Minas da África do Sul, fundada em Kimberley, na província de Cabo Setentrional, em 1896, e transferida para Johannesburg em 1904. O status de universidade plena foi concedido em 1922. Wits foi a primeira universidade sul-africana a ter um computador, a estudar materiais de construção e a ter um acelerador nuclear. A Universidade fundou o primeiro hospital-escola, a primeira escola odontológica e a primeira clínica de fonoaudiologia do país. O primeiro serviço de transfusão de sangue na África do Sul foi iniciado por estudantes de medicina do Wits; a Faculdade de Medicina também realizou o primeiro levantamento clínico de parto em condições tribais africanas. Hoje abriga 41 mil alunos, com mais de um terço do corpo discente composto por estudantes de pós-graduação. As duas bibliotecas centrais e 12 bibliotecas filiais contêm 1,5 milhão de livros. 

Já a UJ possui uma comunidade estudantil de mais de 50 mil alunos, das quais mais de 3 mil são estudantes internacionais de 80 países. Criada em 1º de janeiro de 2005, resultou da fusão entre a Universidade Africâner de Rand Afrikaans (RAU), o Technikon de Witwatersrand e os câmpus da Universidade Vista em Daveyton, Rand Leste e Soweto.

Clique aqui e acesse a notícia sobre a visita publicada pela Universidade de Witwatersrand.


PRETÓRIA, GAUTENG

A última cidade visitada pela missão dos reitores brasileiros foi Pretória, quarta maior cidade e capital executiva sul-africana, com passagens por duas das maiores universidades do país: a Universidade de Pretória (UP) e a Universidade da África do Sul (Unisa). Após foi visitada a Embaixada Brasileira na cidade.

A Universidade de Pretória é uma das maiores universidades de pesquisa da África do Sul, com 1.108 programas de estudo, 94% de taxa de aprovações em graduações, 89% de módulos de graduação disponíveis de forma on-line e mais de 303 mil egressos. Com sete câmpus, a universidade pública possui a única Faculdade de Ciências Veterinárias da África do Sul e a melhor Faculdade de Direito e Escola de Negócios da África.

Já a Unisa é a maior universidade do continente africano e uma das maiores do mundo, ocupando a posição de quinta melhor universidade da África, com cerca de 400 mil alunos, dos quais 130 mil são estrangeiros de 110 nações, sendo que cerca de 70% dos estudantes são mulheres. Fundada em 1873, passaram pela Unisa o atual presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e o ex-presidente Nelson Mandela.

Clique aqui e acesse a notícia sobre a visita publicada pela Universidade de Pretória.

Clique aqui e acesse a notícia sobre a visita publicada pela Universidade da África do Sul.



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