As
atividades da manhã dessa segunda-feira (21 de novembro) começaram antes do
nascer do sol nascer para os 42 acadêmicos de Direito que moram em Diamantino
(181 km a médio-norte da Capital) que saíram cedo rumo a Cuiabá para
participarem do projeto Nosso Judiciário, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso
(TJMT).
Além
de conhecerem as instalações do Palácio da Justiça, foram recepcionados pelo
desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha que contou a eles sobre sua
experiência na magistratura, relembrando com carinho as memórias de quando foi
juiz da Comarca de Diamantino entre as décadas de 1980 e 1990.
“É
muito bom poder relembrar essa história, passamos alguns anos levando a Justiça
até lugares longínquos e, naquela época, a comarca de Diamantino era
constituída por nove municípios. Isso é gratificante para quem passou naquela
cidade. Estamos aqui, hoje, integrando o Tribunal com a sociedade e podendo
levar esse conhecimento e visão para os alunos”, avaliou o magistrado após o
encontro.
Os
estudantes, que são do 3º ao 10º semestre, foram acompanhados pela professora
Vêndula Lopes Correa e pelo professor Bernardo Pinheiro. A educadora conta que
conheceu o projeto pela imprensa e buscou os colegas para mobilizar esforços e
trazer os alunos até o TJMT.
“Muitos
alunos concluem o curso e, às vezes, passam pela faculdade sem nunca terem
entrado em um prédio da Justiça ou até mesmo dos outros Poderes. Quando vi a
notícia de que existe esse projeto e que o Poder Judiciário está aberto para
mostrar aos alunos o funcionamento, quis trazer os estudantes”, contou.
Maria
Luiza Ferreira de Sales está no 8º semestre e relata ter renovado a motivação
durante a visita. Sorridente, a aluna contou que passou ver a possibilidade de
realizar seus sonhos ser algo mais possível do que imaginava antes.
“Poder
estar aqui é a oportunidade de conhecer uma pessoa com cargo que a gente admira
e, muitas vezes, acha muito difícil de alcançar. A oportunidade de ter um
desembargador explicando algo para a gente é algo que todo acadêmico de Direito
deve ter. Por mais que se queira sonhar, é mais concreto quando vivemos a
experiência”, afirmou.
Para
Ian Luca de Oliveira, 4º semestre, também foi uma experiência que trouxe a
possibilidade de sair da dimensão abstrata dos estudos e ter a percepção
concreta do que é o Poder onde pretender atuar como operador do Direito.
“A experiência de adentrar
na sede do Judiciário é algo totalmente diferente. Na faculdade, a gente estuda
o que é o Estado, sua estrutura invisível, como concepção. Mas ver essa
estrutura física de um Poder que é gigantesco e tem muita gente trabalhando
nele, dá concretude ao que conhecemos nos livros. Estamos aqui como
astronautas, explorando tudo”, disse.
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