JURA

Unemat recebe 11ª edição da Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária

Programação incluiu atividades voltadas para a discussão e reflexão sobre a questão agrária brasileira

Por Safira Campos | Professora Jornalismo Unemat
28/05/2024

- Feira de produtos da reforma agrária foi uma das atividades da Jura na Unemat-campus Tangará da Serra. (Foto: Isabela Vieira | Aluna Jornalismo Unemat)

A Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) em Tangará da Serra recebeu a 11ª edição da Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária (Jura). Esta é a primeira vez que a Instituição acolhe o evento. Proposta pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para debater a questão agrária nas universidades, a Jornada tem ocorrido desde abril em mais de 50 instituições de Ensino Superior em todas as cinco regiões do País.

Neste ano, a jornada tem o lema ‘MST: 40 anos de luta e construção!’, e celebra a trajetória histórica do Movimento, destacando seu protagonismo na luta pela terra e sua importância como um dos principais movimentos populares da América Latina. Na Unemat, a programação da última sexta-feira (24) incluiu atividades voltadas para a discussão e reflexão sobre a questão agrária brasileira e contou com uma feira de produtos do Assentamento Antônio Conselheiro, além de apresentação de poesias e uma roda de conversa.

A roda de conversa contou com a participação da professora da Unemat, Cecília de Campos França; de Irineu Marcelo, da União Estadual dos Estudantes de Mato Grosso (UEE-MT); de Jacira Silva, do Levante Popular da Juventude de Mato Grosso; e de Valdir Alves da Silva, representante do MST e morador do Assentamento Antônio Conselheiro. A mediação foi realizada pelo professor de Jornalismo Eduardo Medeiros, que destacou a importância do evento acadêmico que visa aproximar a realidade da reforma agrária junto à comunidade universitária.

Foto: Victor Hugo Moreira | Aluno Jornalismo Unemat

“A Jura já acontece há dez anos em várias universidades do País e há seis anos em Mato Grosso. Esta foi a primeira vez que a Jornada foi realizada aqui, em Tangará. A Jornada possibilita levar à comunidade acadêmica um debate sobre a reforma agrária, além de apresentar um modelo alternativo de produção agrícola baseado na agroecologia e em uma relação mais harmoniosa com a natureza, especialmente relevante no contexto das mudanças climáticas”, afirmou Medeiros.

Para Valdir da Silva, o maior objetivo do evento foi debater a importância de cumprir a Constituição Federal na realização da reforma agrária em terras improdutivas e com problemas sociais. “A Jura trouxe elementos essenciais que destacam a importância de fazer cumprir a Constituição brasileira, cobrando dos governantes a realização da reforma agrária em terras que não cumprem a função social, são improdutivas ou estão envolvidas em denúncias de trabalho escravo e crimes ambientais. Além disso, a Jura busca dialogar com a sociedade através da concretização da reforma agrária, exemplificada pela feirinha da reforma agrária, que apresenta uma rica diversidade de produtos. São mais de 14 variedades, incluindo folhosas, tubérculos e frutas”, destacou.

“Fico muito feliz em ocuparmos o espaço da Universidade para promover uma ação tão importante que traz a luta pela reforma agrária e mostra a necessidade de pensarmos um modelo de sociedade alternativo, que valorize a natureza, a justiça social e a alimentação saudável”, fortaleceu Jacira Silva, do Levante.

Na Unemat, o evento contou com o apoio dos cursos de Ciências Biológicas, Jornalismo e Letras, do Centro Acadêmico de Jornalismo, do Levante Popular da Juventude, do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), da UEE-MT, da Frente Brasil Popular, do Fórum Popular Socioambiental de Mato Grosso (Formad), da Rede Interdisciplinar de Pesquisa da Amazônia (Ripa), do Laboratório de Pesquisa e Extensão em Avicultura Familiar (Avifam) e da Sociedade Alternativa La Comuna.


Assessoria de Comunicação - Unemat

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