Os alunos da turma especial de oferta única de Direito em Rondonópolis celebraram a Semana Nacional da Execução Trabalhista, promovida pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) entre os dias 15 e 19 de setembro, com uma imersão prática na Justiça do Trabalho, tanto em Rondonópolis, quanto em Cuiabá.

Com o slogan “Execução que transforma, Justiça que realiza”, a campanha deste ano promoveu, em todo o País, mais de 94 mil audiências, homologou 26 mil acordos e realizou 470 leilões de bens para quitação de dívidas trabalhistas de devedores, movimentando mais de R$ 8 bilhões nos cinco dias de evento, valor recorde para uma única edição.

Em Rondonópolis, os estudantes da Unemat acompanharam o desfecho de processos no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania, incluindo audiência de conciliação e negociação entre as partes: um acordo homologado pela Justiça do Trabalho em Mato Grosso que pôs fim a 18 processos movidos por trabalhadores rurais de Diamantino que ficaram sem receber direitos após a falência da empresa terceirizada para a qual prestavam serviço, que encerrou as atividades sem pagar horas extras, adicionais noturnos, verbas rescisórias e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Já na viagem a Cuiabá, na quarta (17) os alunos assistiram a uma sessão de julgamento da 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região (TRT-23), que abrange o Estado de Mato Grosso, na qual acompanharam sustentações orais e presenciaram uma mesa de negociação vinculada à Semana Nacional.

Os alunos foram recebidos pela presidente do Tribunal, desembargadora Adenir Alves da Silva Carruesco, que compartilhou sua trajetória de vida e aconselhou os jovens a manterem a mente aberta diante dos desafios da profissão. “Aqueles que pensam diferente de vocês não vão enfraquecê-los, mas sim fortalecê-los, como já dizia Antoine de Saint-Exupéry”, disse a desembargadora.

Para a professora Fátima Frasson, que ministra a disciplina de Prática Trabalhista V e acompanhou a turma nas atividades, o contato direto com a estrutura da Justiça é uma etapa importante na formação acadêmica. “Acredito que foi uma experiência enriquecedora, que uniu a teoria à vivência prática, proporcionando aos alunos contato direto com a rotina da Justiça do Trabalho”, explica a professora. “Estar dentro de um Tribunal ainda na graduação ajuda a perder o receio desses ambientes e amplia a percepção sobre as possibilidades de carreira. É um aprendizado que vai além da teoria e contribui para as escolhas profissionais dos alunos”, afirmou Fátima.