Luzinete Magalhães, assistente social da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), foi a única representante de Mato Grosso, em Brasília, no curso de “Formação de multiplicadores em educação étnico racial e protocolo de acolhimento e tratamento de denúncias de racismo para ouvidorias”. Dos 3 mil inscritos, 40 foram selecionados pela equipe organizadora para participar da formação presencial realizada de 25 a 29 de novembro, na capital do país.
Para Luzinete “representar a Unemat foi significativo, considerando o papel social que a universidade desenvolve e o compromisso que os gestores devem assumir no enfrentamento ao racismo, inclusive com a construção coletiva e a implementação de uma política institucional de combate ao racismo”.
Realizado pelo Ministério da Igualdade Racial e Ouvidoria Geral da União, o curso foi ministrado pelos consultores Luanny Faustino e Marcelo Paiva, com objetivo de capacitar profissionais para acolher e tratar denúncias de racismo de forma eficiente, humanizada e sensível, promovendo práticas antirracistas e respeitando as diversidades étnico-raciais.
Lotada na Diretoria de Gestão de Ações Afirmativas, Luzinete reforça que a formação em educação étnico-racial é necessária para todo o conjunto de servidores da universidade. Para a servidora, debater sobre o “pacto da branquitude”, o racismo institucional e estrutural, é importante e necessário para a reflexão desse pacto, não verbalizado, de privilégios rotineiros no âmbito das instituições e, assim avançar na construção de uma universidade equitativa e diversa.
“A educação antirracista tem uma função social nesse processo de construção de novos paradigmas e de ampliação dos processos formativos de letramento racial com a comunidade acadêmica, além de ser uma das metas da Diretoria de Gestão de Ações Afirmativas para o ano de 2025 e um comprometimento pessoal enquanto multiplicadora”, afirma Luzinete.
Durante a Formação, especialistas como a socióloga Marilene Garcia de Souza do Ministério da Educação (MEC), considerada a maior especialista em heteroidentificação racial de pessoa negra; o antropólogo Clédisson Geraldo dos Santos Junior, da Secretaria Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir) e a diretora nacional de Políticas para Povos e Comunidades Tradicionais de Matrizes Africanas e Terreiro, Luzi Borges, palestraram sobre o impacto do racismo institucional e estrutural na sociedade.
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