A Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) conta com um representante na Câmara Setorial Temática (CST) das Mudanças Climáticas da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). O pesquisador Ben Hur Marimon Júnior tornou-se um dos membros da CST, instalada ontem (29), em Cuiabá.

A Câmara Setorial Temática trabalhará durante seis meses em busca de soluções legislativas para que a conservação ambiental caminhe lado a lado com o setor produtivo. Mato Grosso é o maior produtor de grãos e de carne bovina no País, porém também é o segundo maior emissor de gases de efeito estufa per capita ao ano.

Durante a reunião de instalação da CST das Mudanças Climáticas, cientistas apresentaram pesquisas e dados que mostram a evolução do desmatamento, das emissões de gases e as consequências para a vida no planeta.

O professor da Unemat apresentou estudos que apontam a perda de vegetação nativa no Cerrado e na Amazônia como consequência da seca e do calor extremo. Os dois pesquisadores, porém, foram enfáticos ao afirmar que a agropecuária é o problema, mas também parte da solução das mudanças climáticas.

Ben Hur defende que ocupar esses espaços são de grande importância para a Unemat, pois assim a Universidade consegue colocar sua expertise para auxiliar na geração de políticas públicas e participar das tomadas de decisão importantes e relevantes nos campos do agronegócio e do meio ambiente. “A Universidade já possui maturidade suficiente para começar a ser vista, a ser lembrada e começar a mostrar que toda sua competência técnica vale a pena e traz resultados práticos de tudo que foi investido até hoje”, garante o pesquisador. “O que é investido na Unemat ajuda na formulação das políticas que desenvolverão o Estado e melhorararão seu status. Só para ficar num exemplo bem prático: Mato Grosso tem a oportunidade de aumentar sua produção agropecuária, triplicar a produção de soja, quintuplicar a produção de gado, e sem derrubar nenhuma árvore, conciliando tecnologias ambientalmente sustentáveis com tecnologias que aumentam a produtividade das nossas lavouras e das nossas pastagens. Isso é possível, mas isso só se torna realidade quando embarcamos a tecnologia nas tomadas de decisões do Estado”, afirma Ben Hur.

Além de Marimon, a Câmara conta com nomes como o climatologista brasileiro Carlos Nobre, membro da Academia Brasileira de Ciência e um dos primeiros estudiosos da crise climática no País, e a professora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Cátia Nunes da Cunha. A CST contará com o deputado estadual Júlio Campos como presidente e com a servidora Josevane Reis da Fonseca como relatora.

A Comunicação Unemat produziu uma reportagem sobre a pesquisa do professor Ben Hur Marimon e outros pesquisadores sobre as mudanças climáticas. Confira abaixo: