O Laboratório de Biologia Parasitária (Labpar) da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), em Cáceres, receberá cerca de 1 milhão de reais em recursos. O montante a ser destinado ao Labpar equivale a 72% do valor recomendado ao projeto aprovado na Chamada 21/2023 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) - Estudos Transdisciplinares em Saúde Coletiva de pouco mais de 1,3 milhão reais. 

O projeto multi-institucional, coordenado pela pesquisadora Alexsandra Rodrigues de Mendonça Favacho, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-MS), envolve mais oito instituições. São elas Unemat, Embrapa Pantanal, Fiocruz AM e RJ, Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT), e as universidade federais de Mato Grosso, de Mato Grosso do Sul e de Viçosa (UFMT, UFMS e UFV). 

De acordo com o professor coordenador do Labpar, Antonio Francisco Malheiros, a maioria das análises do projeto será realizada no laboratório da Unemat, em Cáceres. “Além disso, o grupo do projeto entende a necessidade de fortalecer a pesquisa em saúde realizada pelo Labpar. Investiremos esse recurso em aquisição de equipamentos, materiais de consumo e atividades em campo para pesquisa voltada à saúde das comunidades quilombolas e povos indígenas, em especial acerca da epidemiologia das doenças virais e parasitárias dessas populações moradoras nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul”, comentou Malheiros. 

A chamada pública de caráter transdisciplinar em Saúde Coletiva visa apoiar projetos de pesquisa que visem contribuir significativamente para o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação do País e que considerem a transversalidade e a interseccionalidade em saúde coletiva para o desenvolvimento de evidências sensíveis às necessidades da saúde da população brasileira.

As propostas de estudos transdisciplinares aprovadas na Faixa B, como é o caso, da proposta da pesquisadora da coordenadora Favacho, são as que contemplam os estudos primários e originais, como utilização de dados primários, como estudos multicêntricos, com representatividade mínima de um centro em cada microrregião brasileira ou de abrangência nacional e o valor do financiamento pode chegar a 1,5 milhão de reais. 

Com o valor global de 81,5 milhões de reais oriundos do orçamento do Ministério da Saúde, a serem descentralizados ao CNPq, 73,5 milhões de reais são destinados para recursos de custeio ou bolsas e 8 milhões de reais para capital por meio da Chamada 21/2023.