A Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) em parceria
com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) elaboraram um projeto
de pesquisa visando a neutralização das emissões de Gases Efeito Estufa (GEE)
em Mato Grosso do Sul. O projeto intitulado “Balanço de carbono nos biomas de
Mato Grosso do Sul: fontes e sumidouros utilizando sensores remotos e modelagem
futura” foi aprovado o montante de R$ 999.510,20 na chamada MS carbono neutro,
edital da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia
(Fundect).
Os coordenadores do projeto são os professores doutores
Paulo Eduardo Teodoro (UFMS, campus Chapadão do Sul) e Carlos Antonio da Silva
Junior (Unemat, campus Sinop). O resultado pode ser acessado neste link:
Ao todo serão R$ 4 milhões em recursos do Governo do Estado
de MS, a serem investidos em 11 projetos que têm como objeto principal
contribuir com a meta de transformar Mato Grosso do Sul em um estado Carbono
Neutro até 2030. O objetivo geral do projeto aprovado pelos pesquisadores é
avaliar o balanço de carbono em diferentes usos do solo nos biomas de Mato
Grosso do Sul utilizando sensores remotos e realizar uma modelagem futura para
este balanço.
Para o pesquisador Carlos Silva Junior, professor da Unemat
e coordenador do laboratório de Geotecnologia Aplicada em Agricultura e
Floresta (GAAF - https://pesquisa.unemat.br/gaaf/), este projeto potencializará
a pesquisa de todos os programas de Pós-Graduação envolvidos, em suas diversas
áreas correlatas, sendo a criação da biblioteca espectral da vegetação e o
entendimento do balanço de carbono, alvo amplo de estudo por diferentes pesquisadores.
Estas inovações trarão grandes benefícios para o estado de
Mato Grosso do Sul e suas políticas públicas, uma vez que poderão atender as
necessidades do entendimento das espécies vegetais de cada bioma e seu
monitoramento, destaca professor da UFMS Paulo Teodoro.
Os pesquisadores possuem há alguns anos pesquisas em
conjunto que avaliam o monitoramento do uso do solo utilizando modelagem e
sensoriamento remoto, com destaque para a soja e florestas nativas, além de
fenotipagem de alta precisão. Além de projetos, a troca de experiências mútuas
entre as orientações dos alunos de mestrado e doutorado é frequente, como o
exemplo do projeto que avalia emissões de Carbono em diferentes espécies de
eucalipto (https://www.fundect.ms.gov.br/meio-ambiente-economia-pesquisador-de-ms-participa-de-projeto-que-avalia-emissoes-de-carbono-em-diferentes-especies-de-eucalipto/).
Sobre a iniciativa Carbono Neutro no MS
Visando gerar bases gerencial e metodológica para uma
economia de baixo carbono em Mato Grosso do Sul com o desenvolvendo de novas
tecnologias para a redução e mitigação das emissões de Gases de Efeito Estufa
(GEE) nos diversos setores da economia do Estado, contribuindo assim para a o
cumprimento das metas firmadas na Conferência Mundial do Clima, e ao mesmo
tempo fortalecer o ecossistema técnico-científico para a promoção de ações e
políticas públicas, com o envolvimento do setor produtivo, para alcançar o
Carbono Neutro nos sistemas produtivos do Estado, a Secretaria de Meio
Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (SEMAGRO),
por meio da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e
Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (FUNDECT), decide
apoiar projetos de pesquisa e inovação que contribuam efetivamente para a
neutralização das emissões de GEE no Mato Grosso do Sul. Este foi o
primeiro estado do país a lançar um edital para selecionar projetos de pesquisa
que contribuam com a meta de ser Carbono Neutro até 2030.
Em outubro de 2021, o Governo do Estado do MT deu um
importante passo para colaborar com as metas globais de redução do efeito
estufa, aderindo à campanha criada pelas Nações Unidas para neutralizar a
emissão de carbono no mundo.
O governador Mauro Mendes, a secretária de Meio Ambiente,
Mauren Lazzaretti, e o secretário Chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho,
lançaram o programa Carbono Neutro MT, que propõe a neutralização de
emissões de gases de efeito estufa por meio de medidas ambientais.
Mauro Mendes anunciou que, as metas deste programa são as
mais avançadas entre os estados brasileiros, prevendo emissão zero até o ano de
2035.
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