INOVAÇÃO & TECNOLOGIA

Cooperação internacional e inteligência artificial são abordadas no quarto dia do 17º Encontro Nacional dos Gestores de Inovação

Evento segue até amanhã (27) discutindo inovação para o desenvolvimento sustentável

Por Nataniel Zanferrari
26/10/2023

(Foto: Nataniel Zanferrari)

Cooperação internacional, inteligência artificial, conflito de interesses e estrutura jurídica e, claro, desenvolvimento sustentável foram os temas abordados no quarto dia da 17ª edição do Encontro Nacional do Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (Fortec).

Com o tema ‘Inovação para o desenvolvimento sustentável’, o evento ocorre no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá, simultaneamente com a 8ª edição do Congresso Internacional do Mestrado Profissional em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação (ProfNit) e a 13ª edição do ProspeCT&I. Participam gestores de universidades de todo o Brasil.

Esta quinta-feira (26) a programação foi composta de quatro mesas-redondas, sendo duas internacionais, no período da manhã. No período da tarde também ocorreram reunião da Comissão Avaliação Acadêmica (CAA) do Profnit, apresentação de trabalhos orais, premiação do ‘Conte-me algo que eu não sei’ realizado ontem (25) e a Assembleia Geral Ordinária do Fortec.


MESAS INTERNACIONAIS

O destaque deste quarto dia foram as palestras internacionais, realizadas no período da manhã.

A mesa ‘Cooperação internacional em inovação’ discutiu sobre boas práticas na gestão de escritórios de Transferência de Tecnologia entre profissionais latino-americanos e apresentação de iniciativas para criação de uma rede latino-americana de Transferência de Tecnologia. Moderada pela conselheira do Fortec, Elizabeth Ritter, a mesa internacional contou com asp alestrantes, Marcela Castilho Figa, da Rede de Oficinas de Transferência de Tecnologia do México (Red OTT Mexico), e Bianca Villalobos, vice-presidente da Rede de Gestores Tecnológicos do Chile (RedGT).

Já a mesa ‘Proteção patentária de invenções com inteligência artificial nos BRICS’, debateu os desafios e as diretrizes atuais para a proteção patentária de invenções que resultem da utilização de inteligência artificial no âmbito dos BRICS (fórum internacional composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Os debatedores foram Carlos Eduardo Matsumoto, da Assessoria Especial de Assuntos Internacionais do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); Erica Leite, chefe da divisão de Relações Multilaterais do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI); e Marcos Patricio dos Santos Junior, da divisão de Telecomunicações do INPI. O debate foi moderado pela também conselheira do Fortec, Shirley Coutinho.


MESAS-REDONDAS

O período vespertino foi marcado por duas mesas redondas: ‘Desafios de gestão dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs)’ e ‘Inovação e desenvolvimento sustentável no Brasil’.

A primeira mesa discutiu temas que têm surgido de forma recorrente para os gestores de inovação, como conflito de interesses na relação da instituições científicas e de inovação tecnológica (ICTs) com pesquisadores empreendedores e as novas possibilidades de estruturação e formatação jurídica para o NIT.

Participaram o coordenador-geral de Auditoria da Área de Educação Superior e Profissionalizante na Controladoria-Geral da União (CGU), Cristiano Coimbra de Souza; o consultor jurídico do MCTI, Leopoldo Gomes Muraro; a diretora de Programas de Integridade Pública e Prevenção a Conflito de Interesses da CGU, Renata Alves de Figueiredo; e o diretor associado da Agência de Inovação da Universidade Estadual de Campinas (Inova Unicamp), Renato da Rocha Lopes. A moderadora foi Juliana Crepalde, coordenadora executiva de Transferência e Inovação Tecnológica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e diretora do Fortec.

Já a segunda mesa, apresentou casos de sucesso de inovação desenvolvidos no Brasil com a utilização responsável da biodiversidade brasileira e a promoção de esforços no uso de práticas sustentáveis de produção e que respeitem a natureza.


Moderada pela gestora e pesquisadora do Centro de Estudos Estratégicos (CEE) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e coordenadora regional do Fortec Sudeste, Karla Montenegro, a mesa apresentou três casos. “Esta mesa mostrou diferentes formatos de inovação já sendo aplicados”, conta Karla.

O primeiro foi o caso da Almagrino Brasil, desenvolvedora produtora do algodão 100% rastreável, apresentado por Mateus Camargo. “Em eventos como este, nós vemos a importância das instituições públicas e universidades com o mundo empresarial”, disse Mateus.

O segundo caso foi o da NAtiva Startup, de cientistas empreendedoras que transformam insumos bioativos em inovação para o setor da saúde, apresentado por Renata Mendes. “Trabalhamos neste produto há mais de 15 anos, iniciando na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), depositamos patente depois de uma longa trajetória de mestrado, doutorado e desenvolvimento de tecnologia, e hoje temos a transferência de tecnologia concluída da universidade para a startup, como também um acordo de pós-desenvolvimento com uma indústria farmacêutica nacional referência em fitomedicamentos”, explica Renata.

O terceiro, apresentado por Stela Regina Ferrarini, foi o caso com aplicação cosmética de sistemas tecnológicos contendo ativos amazônicos, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). “É importante demonstrarmos que a universidade, além de formar pessoas qualificadas, temos a capacidade de desenvolver produtos e gerar inovação”, defende Stela.


PRÓXIMOS DIAS

Ao todo, são mais de 15 painéis de discussão no decorrer da semana, com participantes do Brasil e da América Latina.

Amanhã, sexta-feira (27), o encerramento conta com duas mesas-redondas: ‘Inovação e Avaliação na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)’, às 9 horas, e ‘Transferência de conhecimento e desenvolvimento sustentável em Mato Grosso’, às 10h30.

No período da tarde serão realizadas visitas técnicas.

A programação completa pode ser acessada clicando aqui,


O EVENTO

Organizado pelo Fórum Nacional dos Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (Fortec) e pelo seu programa de pós-graduação, o ProfNit, as atividades ocorrem no Centro de Eventos do Pantanal e têm como anfitriões locais o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) e a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat).

Segundo Gesil Amarante, presidente do Fortec, “o Brasil tem buscado responder aos desafios globais através da sua capacidade de criar e adaptar-se às demandas crescentes, por meio de ações junto a sua sociedade e por meio de cooperação internacional visando a criação de soluções certeiras e sustentáveis. Como os desafios são complexos, muitas das soluções perpassam pela Ciência, Tecnologia & Inovação que combinam esforços da pesquisa científica, o desenvolvimento tecnológico e a sua incorporação ao processo produtivo, gerando maior valor agregado aos seus produtos e melhoria na qualidade de vida de sua população”.

A reitora da Unemat, Vera Maquêa, assegura que discutir a inovação e a transferência de tecnologia é extremamente importante para a Universidade, considerando que o foco da discussão é o desenvolvimento sustentável, um compromisso da Unemat. “A discussão deste evento é de suma importância, que acolhe autoridades do Ministério da Saúde, do Ministério da Educação, do Ministério da Ciência e Tecnologia e também das instituições que participam conosco, principalmente das quatro universidades públicas do nosso Estado, a Unemat, a Universidade Federal de Rondonópolis, a Universidade Federal de Mato Grosso e o Instituto Federal de Mato Grosso”, explica Vera. “São instituições comprometidas com ações conjuntas para o desenvolvimento da inovação, da ciência e da tecnologia”, enfatiza a reitora.

Para Jaqueline Albino, técnica da Unemat e diretora do Fortec, “as mudanças climáticas e as consequentes catástrofes naturais que já afetam o planeta estão alertando para a importância do meio ambiente e a melhor ocupação do espaço. Considerando que o uso de recursos naturais ainda é uma prática intensa, particularmente no Brasil, urge fomentar a utilização racional desses recursos” afirma, destacando que “as novas ideias, os novos produtos e modelos de negócios precisam basear-se em ações sustentáveis em todos os aspectos: ambiental, econômico e social”.

Saiba mais em fortecprofnit.com.br


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